quarta-feira, 3 de março de 2010

Antônio Flávio...


Era manhã de domingo... A nuvem branca de crianças felizes que se acotovelavam nos bancos da igreja cantavam alegres e desafinadas Hino de louvor a Maria, ensaiado tantas vezes... mas você não estava lá... Alguns anos se passaram novamente eu me vi no meio de gente feliz cujos pais assistiam emocionados a entrega do pseudo-diploma de colegial parecíamos doutores em nossas roupas engomadas alguns sorrisos, algumas lágrimas... mas você não estava lá também... Eu segui em frente, às vezes contente outras vezes não, faltava-me algo ao coração pessoas se empenhavam em me compensar da ausência que me doía tanto porque sempre, em todo lugar você não estava lá... Fui o orgulho da minha mãe naquele clube era a formatura, dessa vez de verdade eu terminara a faculdade, e tão feliz desfilei meu vestido alugado, bem cortado parecia uma rainha com meu cetro de ouro maciço mas perdi um convite mandando a você, porque... você não estava lá... Eu ia me casar... e dessa vez esperei ansiosamente, alegre e contente você disse que sim, que faria esse carinho pra mim... não deu pra confiar, arrumei outro pai para o seu lugar e foi sorte, porque eu me odiaria até a morte se mais uma vez, tivesse me deixado enganar, porque... você não estava lá... Mas mesmo assim, pai eu fui ter com você um dia emprestei-lhe o meu ombro onde você chorou... logo eu que chorei tantas vezes sem ter o seu ombro não escondo, foi triste meu pai... Mas agora eu sei onde você está Deus o está levando... não guardo mágoa ou rancor mas por favor, pai... me peça pra ficar ao seu lado....

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